Foto DennisJacobsen
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Ratos, História De Roedores

14 de dezembro de 2021
Por – Gustavo

Como todos sabem, vacas são sagradas para os indianos. A novidade para nós é que alguns deles cultuam ratos como deuses e acreditam serem estes a reencarnação de humanos, em um estágio prévio de volta à terra, como gente novamente.

Essa prática acontece na cidade de Bikaner, em Nova Delhi, região do Rajasthan, norte da Índia. Lá, existe o templo de Mata Karni e nele os indianos cultuam a deusa Durga. Estima-se que no templo vivam mais de 25 mil ratos soltos e que dividem espaço e comida com humanos que também moram lá.

O Templo de Karni Mata, existente há 600 anos, na cidade de Deshnok, no Rajastão, maior estado da Índia, é conhecido como o “Templo dos Ratos” e é um tradicional local de peregrinação religiosa entre os hindus.

Até na Bíblia os ratos mereceram citação. Em algumas passagens, escritas há três mil anos, eles são classificados como “impuros”. Os homens tementes a Deus deveriam manter distância deles.

Também eram usados, no Oriente, pelos primitivos sacerdotes chineses para fazerem previsões. No Japão, o camundongo do folclore de Sagas era um ser sábio, mensageiro e símbolo do deus das riquezas, DaiKoku.

Por outro lado, na Palestina, o ódio tradicional pelos camundongos se descreve nos mandamentos dos hebreus, anotado no Levítico.

No velho testamento se descreve uma praga de camundongos e ratos em 2.000 AC, precedido por enfermidades intestinais. Na Europa, os cristãos associavam ratos e camundongos com bruxas e feiticeiras devido à atitude de rejeição assumida pela igreja contra os roedores desde o antigo testamento. 

Associação de humanos com roedores comensais é muito antiga: esqueletos de roedores do gênero Mus e Rattus foram encontrados no Pleistoceno médio (2,5 a 1 milhão de anos atrás), junto a restos de alimentos usados pelos habitantes.

O Rattus norvegicus é supostamente originário da Ásia, China, espalhando-se lentamente de acordo com o desenvolvimento do comércio internacional e dos movimentos de colonização. Aparece na Europa pela primeira vez no início do século 18 e no final deste mesmo século já tinha alcançado a América do Norte.

Rattus norvegicus foto CreativeNature nl
Rattus norvegicus – foto – CreativeNature_nl

O Rattus rattus é originário do sudeste da Ásia. Foram encontrados vestígios desta espécie datados do século V, durante o Império Romano. Espécie hospedeira da pulga transmissora da peste bubônica que dizimou grande parte dos europeus durante a idade média. Chegaram às Américas nos navios dos grandes descobridores.

O Mus musculus é supostamente originário das estepes da Ásia Central. A partir daí se espalhou pelo mundo todo. Conhecida desde a época do antigo Egito, foi introduzido na América através dos navios dos grandes descobridores portugueses e espanhóis.

Origem e propagação da peste negra

A peste negra foi uma pandemia que assolou pelo menos 1/3 da população europeia e que teve seu epicentro na Ásia, assim como a pandemia de COVID-19 que vivemos atualmente. A propagação da doença pela Europa se deu pelas rotas comerciais oriundas da Ásia, principalmente através do Mar Mediterrâneo, do qual o porto de Veneza era uma parada.

A Peste Negra, por vezes denominada Bubônica, era uma doença extremamente agressiva e dolorosa, levando o infectado a óbito em no máximo cinco dias. Em princípio, o contágio se dava por uma bactéria transmitida por pulgas que, por sua vez, era transportada em roedores. As precárias condições sanitárias e de higiene também corroboravam para um ambiente propício para propagação desta doença infecciosa.

Fontes

https://erradik.com.br/

https://pragaseeventos.com.br/

https://www.bn.gov.br/

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